ANTÓNIO FEITEIRA

Performing the Heimlich on an Ouroboros


Label: Eastern Nurseries

Released: June 2025

Mastering: Lendl Barcelos

Artwork: Isabel Pereira

 

EN

António Feiteira’s debut solo project, "Performing the Heimlich on an Ouroboros", sees the Porto-based percussionist and composer channel intoxicating ritualistic impressions across the EP’s triptych of compositions. Delicately rendered into a myriad of details, Feiteira recontextualises granulated glitches, pops and crackles on “Ghost Hiss, Resonant Hip” as if we are seated beside a digital bonfire, embers floating skyward in a spiral of rising heat. Electronics jitter in their harmonies with a nervousness—evocative yet restrained.

The EP’s second movement, “Synthesized Chronos Turned Organless Aion,” retains the textural tactility of the previous track, propelled by a drum pattern that ebbs and flows, weaving between ringing resonances and electronics buried beneath plumes of vaporous chimes. Conscious linearity yelding to a sense of harmonic cyclicality before succumbing to an endless, but welcome, sleep.

Final piece “Killswitch Counterpoint” sees Feiteira place guitar front and centre, pensively glitched out and forlorn. The hyperactive flicker of the ASMR-like pops, contrasting against lush downcast melodies—softer in their contortions but contorted nonetheless—gives way to a trance-inducing repetition, as smoke begins to clear and nothing is left but the ashes.

(text taken from the bandcamp's description, only for the purpose of dissemination and sharing)


PT

No seu primeiro projeto a solo, “Performing the Heimlich on an Ouroboros”, o percussionista e compositor portuense canaliza impressões ritualísticas inebriantes através do tríptico de composições do EP. Delicadamente renderizado numa miríade de detalhes, Feiteira recontextualiza glitches granulados, pops e crepitações em “Ghost Hiss, Resonant Hip” como se estivéssemos sentados ao lado de uma fogueira digital, com brasas a flutuar para o céu numa espiral de calor crescente. A eletrónica treme nas suas harmonias com um nervosismo - evocativo mas contido.

O segundo movimento do EP, “Synthesized Chronos Turned Organless Aion”, retém a tatilidade textural da faixa anterior, impulsionada por um padrão de bateria que vai e vem, tecendo entre ressonâncias sonoras e eletrónica enterrada sob plumas de sinos vaporosos. A linearidade consciente é ligada a uma sensação de ciclicidade harmónica antes de sucumbir a um sono interminável, mas bem-vindo.

A peça final “Killswitch Counterpoint” vê Feiteira colocar a guitarra na frente e no centro, pensativa e desamparada. O tremeluzir hiperativo dos pops tipo ASMR, contrastando com as melodias exuberantes e abatidas - mais suaves nas suas contorções, mas contorcidas mesmo assim - dá lugar a uma repetição indutora de transe, à medida que o fumo começa a dissipar-se e nada resta senão as cinzas.

(texto retitrado da descrição no bandcamp, apenas com o intuito de divulgação e partilha)



Previous
Previous

FLOATING MACHINE

Next
Next

JESTERR